quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Frente Pró-Cotas Raciais do Estado de São Paulo continua sua campanha para colher 200 mil assinaturas


150 lideranças, ativistas e estudantes se reuniram há exatamente uma semana, em um evento de caráter político, realizado na Faculdade de Direito da USP para dar início a uma campanha ambiciosa, mas possível: colher até novembro 200 mil assinaturas para reformular o texto do PL 530/04 que já tramita na Assembleia Legislativa de São Paulo.
O texto atual proposto pelo Governador Geraldo Alckmin por meio do PIMESP- Plano de Inclusão com Mérito para as Universidades Públicas de São Paulo -, defende entre outras coisas, aulas preparatórias de fortalecimento pedagógico e acadêmico para os alunos cotistas aprovados, de duração de dois anos, antes do início curso universitário. Este texto foi apontado por militantes do movimento negro, como discriminatório. A outra proposta do governo, já em vigor na USP, oferece bonificação percentual no resultado final da prova para alunos negros e carentes o que está longe da proposta de cotas. “O texto da PIMESP é uma proposta feita ás pressas que tem como único objetivo fugir do debate central que é a democratização do acesso às universidades. As cotas são uma forma de democratizar de maneira imediata”, argumenta Douglas Belchior, um dos lideres da Frente De Lutas Pró Cotas Raciais SP
Grupo de militantes e voluntários trabalharão para colher 200 mil assinaturas até novembro

A proposta defendida pelos movimentos foi construída após dois meses de longos debates de um grupo de trabalho formado por representantes dos movimentos negros e sociais, incumbido da tarefa de reformular o texto do PL 530/04 que tramita na Assembleia Legislativa de São Paulo – Alesp. De acordo com o novo texto, as universidades públicas devem garantir 55% de Cotas, sendo elas assim divididas: 25% para candidatos autodeclarados negros e indígenas; 25% para candidatos oriundos da rede pública de ensino, sendo que deste percentual, 12,5% reservado para estudantes cuja renda familiar per capta seja igual ou inferior a 1,5 salários-mínimos; e 5% para candidatos com deficiência, nos termos da legislação em vigor.
A meta inicial da campanha é reunir 200 mil assinaturas até o mês de Novembro deste ano, quando durante as comemorações do Mês da Consciência Negra, pretende-se protocolar junto à Alesp a proposta com a força política e o apoio formal destes 200 mil eleitores paulistanos.

As folhas do abaixo assinado estão disponível no site da Frente de Lutas Pró-Cotas do Estado de São Paulo e deverão ser entregues no Escritório Central da UNEafro-Brasil pessoalmente ou pelo correio:

Endereço: Rua Abolição, 167- Bela Vista – SP, CEP: 01319-010
Fones: (11) 4111-9383 e (11)3105-2516 ramal 2 - de Segunda a Sexta das 13h às 20h com Maíra, Luciana, Black, Luiz ou Vanessa. Esse espaço também está aberto para receber a contribuição dos militantes que estiverem dispostos a auxiliar nos trabalhos.
Email da Campanha: frenteprocotassp@gmail.com